sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Tireoide

A tireoide, que se localiza no pescoço, libera dois hormônios essenciais para o bom funcionamento do organismo;
                                            o T3 (tri-iodotironina) e
                                            o T4 (tiroxina).
Eles regulam a velocidade do metabolismo e interferem no desempenho de órgãos importantes, como o coração, rins e também no ciclo menstrual. Por isso, qualquer disfunção na tireoide afeta várias funções vitais do nosso corpo.


É importante, portanto, conhecer as principais diferenças entre as duas doenças mais comuns na tireoide:
        o hipotoreoidismo e
        o hipertireoidismo.


O hipotireoidismo

O hipotireoidismo pode ser classificado como a baixa produção dos hormônios produzidos pela tireoide. O sexo feminino é mais afetado com essa falha na produção no T3 e T4. Isso acontece principalmente no climatério, última menstruação antes da menopausa, quando o tipo mais comum de hipotireoidismo, a Tireoidite de Hashimoto, se mostra mais comum.

Sintomas
O hipotireoidismo pode ser causado por uma série de motivos, embora o mais frequente seja uma variação autoimune, quando o próprio corpo começa a atacar a tireoide. Esse tipo de hipotireoidismo é classificado como Tiroidite de Hashimoto. "A doença de Hashimoto corresponde a 95% dos casos de hipotireoidismo. Ela acontece quando os próprios anticorpos do organismo encaram a glândula tireoide como um corpo estranho no organismo", diz a endocrinologista e metabologista Gláucia Duarte, da 
USP. Outro fator que pode causar o hipotireoidismo é a quantidade de iodo no organismo. Tanto altas doses como baixos níveis dessa substância no organismo podem afetar a produção dos hormônios T3 e T4.

Os sintomas podem ser resumidos em todos aqueles sinais de que o metabolismo está desacelerado, como menor número de batimentos cardíacos, intestino preso, menstruação irregular, diminuição da memória, cansaço excessivo e dores musculares.

Outros sintomas como pele seca, queda de cabelo, ganho de peso, aumento de colesterol no sangue e alterações no humor - que normalmente leva à depressão-, também são observados em pessoas que têm hipotireoidismo. "Esses sintomas não aparecem repentinamente, ou em conjunto, e podem variar de pessoa para pessoa", diz Glaucia Duarte. Por isso, é difícil fazer o diagnóstico precocemente.
Alimentação

Carne de peixeO selênio parece contribuir para o bom funcionamento tireoidiano. Além disso, este mineral tem um papel antioxidante, que também age no controle de radicais livres que podem causar danos às células saudáveis do corpo. As melhores fontes de selênio encontradas na natureza são peixes, alho, cebola, pepino e cogumelo", explica Gláucia Duarte.

Outro nutriente que pode fazer bem a tireoide é o iodo. "Os fabricantes de sal de são obrigados por lei a colocar uma quantidade de iodo que possa prevenir doenças na tireoide. A ingestão de frutos do mar e algas, também ajuda a aumentar os níveis de iodo no organismo", explica o endocrinologista Pedro Saddi. Não é preciso salgar demais a comida, já que ingerir mais do que seis gramas de sal e de iodo pode até ser prejudicial à saúde da tireoide.

Mas, de acordo com Gláucia Duarte, existem alimentos conhecidamente bociogênicos (causadores do aumento do volume da tireoide), e seu consumo não deve ser exagerado, já que, somados com outros fatores como pré-disposição genética e falta de iodo no organismo, podem causar problemas na tireoide. Entre esses alimentos estão o repolho, couve-de-bruxela, brócolis, espinafre e couve-flor.

TratamentoO tratamento consiste na reposição hormonal, em geral, à base de levotiroxina (L-T4). "O comprimido é tomado uma vez ao dia, cedo, em jejum. Solicita-se que a alimentação ocorra somente após 30 minutos da ingestão da medicação, pois os alimentos aumentam o pH estômago, diminuindo a absorção da levotiroxina", explica Glaucia.

O hipertireoidismo 
Causas
A causa mais comum de hipertiroidismo é quando a glândula da tireoide encontra-se exageradamente ativa, produzindo uma excessiva quantidade de hormônios, condição denominada também de bócio difuso tóxico ou Doença de Graves.

Outros problemas, como tumores e excesso de iodo no organismo também podem fazer com que a tireoide passe a produzir uma quantidade maior de T3 e T4, causando assim mudanças em todo o corpo.

SintomasOs principais sintomas do hipertireoidismo são o oposto do hipotireoidismo, ou seja, irregularidade e aceleração nos batimentos cardíacos, geralmente acima de 100 batimentos por minuto, nervosismo, mãos trêmulas e sudoreicas, ondas de calor repentinas, intestino solto, perda de peso acentuada sem intenção.

Alguns sintomas, no entanto, são os mesmos como enfraquecimento e queda de cabelos, fraqueza e dores musculares e alterações no ciclo menstrual. Ela também aumenta as chances de aborto e acelera a perda de cálcio dos ossos, com aumento do risco de osteoporose e fraturas. "A semelhança entre os sintomas é um fator que dificulta o diagnóstico do tipo de doença na tireoide. Por isso que os exames TSH sérico e ultrassom da tireoide são essenciais para fazer o diagnóstico", comenta Perdo Saddi.

AlimentaçãoO excesso de ingestão de iodo (alimentos ricos em iodo: ostras, moluscos e outros mariscos e peixes de água salgada, algas, consumo excessivo de sal iodado) pode, em indivíduos predispostos, levar ao quadro de hipertiroidismo e suas complicações (arritmias cardíacas, por exemplo), principalmente em idosos.

Tratamento
De acordo com a endocrinologista Glaucia Duarte, o tratamento com medicamentos específicos, como Tapazol ou Propiltiouracil, que reduzem a função tireoidiana e controlam a produção hormonal pela tireoide, é o mais comum. Esses dois medicamentos são administrados pela via oral, e devem ser receitados por um médico.

Outro tratamento bastante comum é com iodo radioativo, mais conhecido como radiodoterapia. Durante esse tratamento, a glândula tireoide absorve o iodo da circulação e quando ele penetra na glândula, começa a destruí-la lentamente. Esse processo pode durar meses, mas tem efeito definitivo.

Nos casos em que a glândula foi afetada por um tumor, existe a opção da cirurgia para a retirada da tireoide, após isso deve haver o tratamento com medicamentos para a reposição hormonal.

fonte-http://www.minhavida.com.br/saude/materias/12463-descubra-as-diferencas-entre-hipotireoidismo-e-o-hipertireoidismo
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Hipotireoidismo:
Como saber se estou no grupo de risco da doença?São fatores de risco para o hipotireoidismo: a existência de outras doenças autoimunes (lúpus, artrite reumatoide, vitiligo, diabetes de tipo 1), a presença de bócio (aumento de volume da tireoide) e a existência de doença de tireoide na família.

4.Quais exames costumam ser feitos para o diagnóstico?
Eles devem ser feitos periodicamente? O exame mais comum para identificar os níveis dos hormônios da tireoide chama-se dosagem de TSH sérico. Recomenda-se que todas as pessoas acima de 60 anos realizem uma dosagem de TSH anual e que mulheres, particularmente aquelas que apresentam fatores de risco, dosem o TSH a partir dos 30 anos. Além disso, gestantes também devem realizar o exame periodicamente.

5.O hipotireoidismo tem cura?Não existe uma cura definitiva para a doença, mas o controle pode fazer com que o paciente leve uma vida normal. O tratamento mais comum é feito com reposição hormonal, geralmente com hormônio sintético da tireoide, em geral, na forma de comprimido, que deve ser tomado diariamente pelo resto da vida. Mas vale o alerta: se estiver com falta ou excesso de medicação, podem aparecer os sintomas opostos, de hipertireoidismo. Os mais comuns são: agitação física e mental, insônia, irritação e perda de peso.

6.Quais são as possíveis consequências mais graves, se não houver tratamento?A falta do hormônio tireoidiano pode levar ao coma mixedematoso, que é quando o paciente tem queda da temperatura corporal e ocorre a lentidão de todas as funções do organismo. Isso acarreta uma fragilização do sistema imune, facilitando a instalação de outras doenças, como pneumonia e infecções. O hipotireoidismo também pode afetar de forma importante o coração e os ossos, por isso é importante seguir o tratamento prescrito pelo médico.

7.O hipotireoidismo provoca aumento de peso?Existe uma relação complexa entre as doenças da tireoide, o peso corporal e o metabolismo. Os hormônios tireoidianos também regulam o metabolismo, e a taxa metabólica basal também pode diminuir na maioria dos pacientes com hipotireoidismo, devido à baixa nos hormônios. No entanto, esse ganho de peso é menor e menos dramático do que o ocorre nos pacientes com hipertireoidismo.

8.O que é essencial para controlar o hipotireoidismo?
Se o paciente estiver com a medicação ajustada adequadamente, sua rotina não será muito afetada. A recomendação é a mesma válida para pessoas sem a doença, que é seguir hábitos de vida saudáveis. É fundamental manter uma alimentação equilibrada, rica em vegetais e frutas. Também é essencial praticar exercícios físicos regulares para a manutenção do peso para afastar a obesidade e seus efeitos negativos, como hipertensão, diabetes, aumento do colesterol e problemas cardiorrespiratórios. Não há grandes restrições em relação às atividades físicas, mas antes de começar a se exercitar o paciente deve sempre consultar seu médico.
fonte- http://www.minhavida.com.br/saude/materias/12120-hipotireoidismo-oito-duvidas-sobre-a-doenca-da-tireoide
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Exames de imagem podem ser decisivos no diagnóstico de doenças da tireoide
Ultrassonografia e dúplex Doppler colorido da tireoide são aliados da identificação precoce

ARTIGO DE ESPECIALISTA - PUBLICADO EM 20/03/2014
Danilo Höfling - ENDOCRINOLOGISTA E METABOLOGISTA

A ultrassonografia (US) vem evoluindo de forma muito rápida nos últimos anos e está assumindo um papel cada vez mais importante no diagnóstico das doenças da glândula tireoide. Os equipamentos de ultrassom estão sendo aperfeiçoados progressivamente, tanto na qualidade da imagem quanto nos programas que permitem análises objetivas da glândula. Esses aprimoramentos estão possibilitando a visualização de pequenas alterações da tireoide, cada vez mais precocemente.

O exame de ultrassonografia revolucionou a pesquisa de doenças da tireoide, especialmente quando inclui a análise pelo Doppler colorido e pelo Doppler pulsado. Este exame, denominado dúplex Doppler colorido da tireoide (DDT), é superior à US simples, pois fornece importantes informações adicionais.

Em minha opinião, quando há algum indício de problema na tireoide, pelo menos uma ultrassonografia simples deve ser solicitada. Se disponível, a realização de um DDT é, sem dúvida, melhor. Esses exames podem mostrar alterações da tireoide antes que a pessoa mostre sintomas e sinais de doença e mesmo antes dos exames de sangue.

Quando ocorre grande aumento dos níveis dos hormônios tireóideos no sangue (hipertireoidismo) ou grande diminuição (hipotireoidismo) vários sintomas e sinais estão presentes (ver nos artigos anteriores). Contudo, pequenos aumentos ou diminuições dos hormônios podem passar despercebidos. O mesmo acontece com os nódulos de tireoide. Quando grandes, podem até ser visíveis, mas nódulos pequenos podem não ser notados, mesmo pelo exame de palpação de um médico experiente.

Na verdade, a grande maioria dos nódulos é benigna, porém é necessário excluir a presença do câncer de tireoide que representa 5% a 10% dos nódulos tireóideos. Na presença de um nódulo, o DDT além ser capaz de detectar o nódulo, pode mostrar várias características que aumentam a probabilidade de se tratar de um câncer ou de um nódulo benigno. Na suspeita de um câncer, a biopsia (punção aspirativa) de tireoide é necessária para esclarecer a natureza do nódulo. Como exemplo da importância da ultrassonografia, vale lembrar que a simples palpação da tireoide é capaz de identificar nódulos em, aproximadamente, 5% das mulheres e 1% dos homens. Já a US de alta resolução permite a detecção de nódulos em 19 a 67% de indivíduos selecionados ao acaso. Ou seja, utilizando-se apenas a palpação, muitos nódulos deixariam de ser identificados.

O mesmo acontece para outras doenças da glândula, quando o DDT é de extrema importância tanto para diagnosticá-las, como para diferenciá-las. Entre elas estão: a tireoidite (inflamação da tireoide) de Hashimoto, a doença de Graves, a tireoidite pós-parto, a tireoidite subaguda, a tireoidite aguda entre outras. A tireoidite de Hashimoto, por exemplo, pode estar evidente ao DDT e passar despercebida no exame de sangue, especialmente na fase inicial.

O DDT é necessário até mesmo quando o exame de sangue acusa alguma doença na tireoide, pois além de confirmar o diagnóstico, permite verificar se outras alterações estão presentes. Assim, se uma pessoa tem indícios de tireoidite de Hashimoto ou doença de Graves no sangue, além de o DDT contribuir para confirmar a doença, enseja ainda identificar nódulos que poderiam passar despercebidos ao exame de palpação da tiroide.

Desse modo, um exame simples, rápido, seguro, eficaz e não invasivo, pode ser de extrema utilidade para o diagnóstico precoce das doenças da tireoide. Entretanto, para que o DDT tenha as qualidades acima referidas é fundamental que seja realizado em equipamento adequado e, principalmente, por um bom ultrassonografista. Caso contrário, pode mostrar falsos resultados que confundem o diagnóstico.

Portanto, a US ou o DDT são exames indispensáveis que, nas mãos de um profissional experiente, podem ser decisivos para o diagnóstico das doenças da glândula tireoide.
http://www.minhavida.com.br/saude/materias/17414-exames-de-imagem-podem-ser-decisivos-no-diagnostico-de-doencas-da-tireoide----------------------------------------------------------------------

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